Como um filme onde alguém caminha ofegante, tropeçando a todo momento fugindo de si mesmo. Uma sombra que se esgueira e pula de uma poça de sujeira a outra. O vício invade a cabeça, corrompe os limites, confunde e inflama os pensamentos do homem putrefazendo sua vida em um desejo imundo e insaciável. O vício planta seus ovos como mosca na ruína, na podridão do devaneio libertino, na ânsia de substituir algo que antes dava prazer e agora não existe mais. É o sorriso artificial que se desfaz com a fumaça.
Quando se busca a felicidade roubada no fundo do copo, na fumaça do cigarro, no exagero e na dependência química do cérebro, o vício espreita de perto. No coração aflito, planta suas raízes e se alimenta dos pensamentos ruins, sugando a seiva da alma e reduzindo a vontade de viver ao entorpecimento, à fuga da realidade, à escravidão dos desejos.
Fugir do vício é como se perder numa floresta a noite, afundar os pés no pântano da abstinência a cada passo e encontrar uma raiz que os puxem. Um labirinto terrível que conhece cada centímetro das tuas emoções e saberá quando você deseja virar pra esquerda ou direita. Como é faz para fugir de si mesmo em busca do que restou? Restaurar o que não apodreceu e matar aquela ânsia de buscar aquilo que desvirtua?
Todo ser humano é inseguro de si, frágil, vulnerável e influenciável, mas nada o deixa mais fraco do que o orgulho. Querer se fazer forte no estalar de um pensamento é como acender uma fogueira com galhos verdes. Por mais inteligente e esperto que seja, bastará um momento de epifania para inflamar o ego em soberba e baixar a guarda, e é nessa hora que o homem afundará em ruína e a queda do império inicia.
Qualquer um que queira se libertar de seus ímpetos deverá renunciar a si mesmo, buscar na amizade um sustentáculo para se apoiar, no trabalho uma ocupação para a mente e na família uma base para o caso de cair, mas primeiramente, superar a si mesmo, e se conseguir, poderá dar graças aos céus, por que ninguém é mais forte diante de Deus do que aquele que admitiu ser fraco e buscou resistir assim mesmo.
Numa decadência sem fim. não paro de cair.
Esta tudo muito escuro aqui,...
joaodasneves
Poesias
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Esta parede que nos separa
Tem que cair, assim falaremos de ti de mim
Olh...
joaodasneves
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John Owen (1616-1683)
Traduzido, Adaptado e Editado por Silvio Dutra
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kuryos
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